Roma acolheu, nos dias 26, 27 e 28 de setembro de 2025, milhares de pessoas para o Jubileu dos Catequistas. Estima-se mais de 30.000 (trinta mil) catequistas do mundo inteiro. A peregrinação faz parte dos grandes eventos do Ano Jubilar proposto pelo inesquecível Papa Francisco.
O Jubileu dos catequistas teve como proposta um revigoramento dos catequistas e aprofundamento da espiritualidade cristã. Promovido pelo Dicastério para a Evangelização, esse Jubileu foi destinado a todos os catequistas e formadores espirituais e respetivas famílias. O programa incluiu a audiência jubilar com o Papa Leão XIV, no sábado, 27 de setembro, às 10h, e a Missa conclusiva presidida pelo Santo Padre, no domingo, 28 de setembro, na Praça de São Pedro. Nesta celebração, aconteceu a instituição de 39 catequistas leigos e leigas provenientes de 16 países, no Ministério do Catequista instituído pelo Papa Francisco em 2021, por meio do “Motu Próprio “Antiquum Ministerium”. Entre eles estavam dois catequistas brasileiros: Victor Paiva, da diocese de castanhal, no Pará, e Flávia Nascimento, de Ponta Grossa, no Paraná.
Participar desse evento foi uma grande experiência de comunhão e renovação pastoral. De Belo Horizonte esteve presente 12 catequistas. O estar junto a milhares de catequistas, cada um expressando sua alegria, em busca de um aprofundamento de sua fé e fortalecimento de sua vocação, proporcionou um ganho na visibilidade de partilha, realizações e caminhos feitos por outras pessoas de vários países.
Estar presente em Roma, participar com os demais catequistas, experimentar esse estar em comunhão com a Igreja de todo mundo, me deu a certeza de que essa é a minha verdadeira vocação. Uma vocação que vem de Deus: estar em missão, peregrinar e levar às pessoas o anúncio da Palavra de Jesus Cristo. Sinto-me renovada para caminhar no seguimento de Jesus.
As catequeses proferidas nos mostraram que estamos no caminho certo: Levar a Palavra aos que desejarem ouvir, cuidar dos outros, principalmente dos mais próximos, como disse dom Leomar Brustolin, presidente da Comissão Bíblico-Catequética da CNBB, na realização de sua catequese.
O Papa Leão XIV, dirigindo-se aos catequistas presentes, explicou a essência da nossa missão: “Vós, catequistas, sois aqueles discípulos de Jesus que se tornam suas testemunhas: o nome do ministério que exerceis vem do verbo grego katēchein, que significa instruir de viva voz, fazer ressoar. Isto quer dizer que o catequista é uma pessoa de palavra, uma palavra que pronuncia com a própria vida”.
Durante os dias jubilares, os participantes viveram momentos significativos de oração e formação, como a peregrinação à Porta Santa da Basílica de São Pedro. Nós, catequistas do Brasil, peregrinando juntamente com o Bispo dom Leomar, tivemos a oportunidade de, no caminho, fazer a experiência de passar pela Porta Santa da Catedral de São João de Latrão, Diocese de Roma e pela Porta Santa da Basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma.
Esta caminhada ficará na memória para sempre. Um aprendizado que desejamos ir partilhando com cada um dos catequistas de nossa Arquidiocese: a catequese não é apenas uma transmissão de conteúdos, mas o anúncio de uma palavra viva, eficaz, que gera frutos de vida boa, alegre e feliz.
Neuza Silveira de Souza. Coordenadora do Secretariado Arquidiocesano Bíblico-catequético de Belo Horizonte.